Quando eu era criança, tinha grande interesse por zumbis. Esses dias eu descobri uma possível explicação científica para esse mito tão antigo, e as vezes tão apavorante.
Todo o mito dos zumbis é originário do Haiti, e do vodu local.
Segundo a crença local, para transformar alguém em zumbi, era necessário apenas esfregar nessa pessoa um certo "pó de zumbi". De acordo com Clairvius Narcisse, um camponês haitiano que se diz ex-zumbi, ele foi transformado em zumbi dessa forma para que fizesse trabalho forçado.
A transformação ocorreria desse modo: o tal pó induziria o futuro zumbi a um estado semelhante a morte. Aí, quando os efeitos desta substância passam, a pessoa é "ressucitada". Se essa pessoa for declarada morta, e enterrada, quandoo efeito passar, ela (obviamente) se levantará do túmulo. Pronto, temos um zumbi.
Mas será que pode existir tal substância? Foi o que Wade Davis se propôs a descobrir. Após procurar vários sacerdotes vodu haitianos ele constatou que todas as "receitas" para o pó de zumbi tinha uma substância em comum: um certa essência de baicu, aquele peixinho venenoso que os orientais adoram comer.
Em pesquisas à literatura médica, Davis encontrou o caso de um paciente, vitima de envenenamento por tetrodoxina (o veneno do baicu), que se levantou quando era levado para o necrotério, o que poderia ser chamado de zumbi.Ao analisar quimicamente o pó de zumbi, ele encontrou traços de tetrodoxina.
Satisfeito com sua descoberta ele voltou ai Haiti e tomou conhecimento de que para forçar o "zumbis" trabalhar, os feiticeiros utilizavam um vegetal chamado Datura stramonium, que contem atropina e escopolamina, para controlar o seus zumbis. Essas substância podem causar desorientação, confusão, amnésia, estupor e comportamento bizarro - sintomas de zumbi!
Assim, esse cientista um tanto aventureiro ficou satisfeito com sua descoberta.
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